quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Hegemonia e violência simbólica

Este post traz o conteúdo passado em sala de aula, no tocante ao conceito de hegemonia, baseado no sociólogo italiano Antônio Gramsci, e ao conceito de violência simbólica, do sociólogo francês Pierre Bourdieu.

Hegemonia: "processo pelo qual uma classe dominante consegue fazer que o seu projeto seja aceito pelos dominados, desarticulando a visão de mundo autônoma de cada grupo potencialmente adversário" (p.182, livro de Sociologia).

Exercício da hegemonia:
Uso legítimo da força pelo Estado à poder policial
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Violência simbólica à Meio de exercício do poder simbólico = poder coercitivo, a persuasão, o convencimento.

Violência simbólica: formas culturais que impõem e fazem que aceitemos algo como normal, como verdade, como algo que sempre existiu e não pode ser questionado, como algo natural e inevitável (p.183, livro de sociologia).

Aparelhos de hegemonia: práticas intelectuais e organizações no interior do Estado ou fora dele (livros, jornais, escola, música, teatro, etc). Estão a favor da burguesia.

Relação de hegemonia é uma ação pedagógica (Pierre Bourdieu): uma prática de convencimento, de ensino e aprendizagem.

Ideologia = “uma concepção de mundo que se manifesta implicitamente na arte, no direito, nas atividades econômicas e em todas as manifestações da vida intelectual e coletiva”. GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História, p. 16.

Como a classe burguesa consegue convencer as classes trabalhadoras de que sua concepção de mundo é a correta? Aqui entra a mídia, que é um aparelho de hegemonia e um instrumento da violência simbólica.

Vejamos o exemplo dos projetos político em disputa nas eleições. A mídia escolhe um desses projetos e o impõe para a sociedade.

Ou seja, há um campo hegemônico da ideologia burguesa. O cenário ideal desse campo é a homogeneidade entre o discurso de dominantes e dominados, os quais são convencidos pela ideologia burguesa. A grande mídia trabalha para isso. A luta de classes é a fonte das constantes fissuras nesse campo. 

Contra-hegemonia: defesa de outras formas de pensar, agir e sentir na sociedade. Reação das classes trabalhadoras e populares. Classes trabalhadoras contando sua própria história, com sua própria voz.  

Bourdieu – o sentido do simbólico
Por recursos ou poderes, Bourdieu entende mais especificamente o capital econômico (renda, salários, imóveis), o capital cultural (saberes e conhecimentos reconhecidos por diplomas e títulos), o capital social (relações sociais que podem ser revertidas em capital, relações que podem ser capitalizadas) e por fim, mas não por ordem de importância, o capital simbólico (o que vulgarmente chamamos prestígio e/ou honra).

Gramsci – ideologia e intelectuais orgânicos
No entanto, para ele, somente as “ideologias orgânicas” vinculadas a uma das classes fundamentais da sociedade capitalista – burguesia e proletariado – deveriam ser consideradas. Em situações normais a ideologia dominante seria a da classe econômica e politicamente dominante. Gramsci estabelece então diversos níveis entre a concepção de mundo produzida pelos intelectuais orgânicos da classe dominante e as ideias – senso comum – das classes subalternas, informadas por aquela concepção geral de mundo. Esta diferenciação em níveis é engendrada pelas contradições objetivas inerentes à sociedade dividida em classes sociais antagônicas.
Fonte: http://grabois.org.br/portal/revista.int.php?id_sessao=9&id_publicacao=422&id_indice=2358

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Mídia e capitalismo - análise dos meios de comunicação

Para acessar a matéria da Carta Capital, clique AQUI.

O outro texto é do Correio Braziliense, dia 21 de outubro de 2014, caderno política, página 4. Coluna de Luiz Carlos Azedo, "Nas entrelinhas".

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Lixo como construção social

PESSOAL. SEGUE INSUMOS PARA TAREFA PARA O 2ano A!!!

Trecho retirado da entrevista do advogado Raúl Néstor Alvarez à IHU On-Line, em 30 de novembro de 2012.

IHU On-Line – Como a divisão em classes é uma estrutura social que acaba replicada no terreno do lixo?
Raúl Néstor Alvarez – Em sociedades capitalistas como a que vivemos, as relações sociais, ao serem desiguais, são antagônicas. Isso quer dizer que há exploradores e explorados, dominadores e dominados. Nesse sentido, falo de divisão em classes. Parece-me que a ideia de antagonismo permite uma concepção não substancialista da ideia de classe. Aplicar este conceito ao tecido social do lixo nos permite conceber uma rede de “lixadores” e “lixados”. Ou, mais amplamente, desde o ponto de vista ambiental, podemos falar de contaminadores e contaminados. Por “lixeirização” me refiro ao trato das pessoas ou dos objetos como se fossem lixo, como se não tivessem nenhum valor positivo. Como a estrutura de nossas sociedades capitalistas é desigual, os objetos e materiais descartados por estratos mais elevados, podem ser úteis e valiosos para pessoas situadas em níveis mais baixos. Isso é o que explica que os mais pobres considerem conveniente a coleta e recuperação de objetos misturados ao lixo. Mas pagam um preço por isso, porque a “lixeirização” dos objetos impregna imaginariamente as pessoas que trabalham com esses objetos “lixeirizados”. 
IHU On-Line – Como resolver o problema do lixo em nossas sociedades?
Raúl Néstor Alvarez – A pergunta excede o que posso dizer a partir da etnografia que venho realizando. Mas creio que o caminho é desandar a lógica capitalista do lixo, empregar critérios ambientais para seu manejo, avançar na reciclagem usando mão de obra intensiva de quem atualmente se ocupa dele, que são os mendigos e catadores, valendo-se de lógicas não tecnológicas, mas cidadãs, de organização e decisão. O lixo é uma questão de empoderamento popular e cidadão. É uma questão política. Não pode ser deixado nas mãos tão somente de engenheiros e administradores de empresas.

Para acessar entrevista completa clique AQUI

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Eleições 2014

Olá pessoal!!

Abaixo seguem insumos para nosso debate sobre as eleições 2014:

Para acessar os programas de candidatos/as à Presidência da República, clique AQUI. Em seguida clique sobre o mapa "BRASIL", parte inferior da tela à direita.

Para acessar programas de candidatos/as ao Governdo do Distrito Federal, clique AQUI. Em seguida clique sobre o mapa "DF".

ELEIÇÕES 2014 E AS PROPOSTAS PARA IGUALDADE RACIAL.
Estudo do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais - LAESER, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. CLIQUE AQUI.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Reforma Política

Seguem materiais para o trabalho sobre reforma política.

Para votar pela Constituinte Exclusiva e Soberana, clique AQUI.

Notícias sobre o plescibito popular e o sistema político brasileiro:
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2014/08/plebiscito-e-constituinte-sao-os-unicos-caminhos-para-a-verdadeira-nova-politica-1791.html

https://marchamulheres.wordpress.com/tag/reforma-politica/

Cartilha sobre o plebiscito e a reforma política.

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A REFORMA POLÍTICA. CLIQUE AQUI.

BOM TRABALHO!!!

Ilha das Flores

Pessoal,

Segue link para o vídeo Ilha das Flores, que assistimos essa semana.

https://www.youtube.com/watch?v=Yy5l4Y5bVDY.

domingo, 31 de agosto de 2014

Apostila Os efeitos do capitalismo no meio ambiente

Olá pessoal.

Para acessar a apostila "Os efeitos do capitalismo no meio ambiente", clique AQUI.

Caso não esteja abrindo, tente por esse outro link: www.mst.org.br/book/export/html/196.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Apostila Modos de Produção na História

Oi pessoal,

Segue link para apostila Modos de Produção na História:

https://www.dropbox.com/sh/1qdbqr9diwwpzlk/AADIWNLV4KXKxVUDBcJ7fQiwa.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Cópia do livro na Artpel Papelaria

Boa tarde pessoal!

Conforme solicitação de vocês, deixei uma cópia do livro Quarto de Desejo, da Carolina Maria de Jesus, na ARTPEL Papelaria. Fica na Avenida Independência, bem de frente para nossa escola. Quem não conseguir fotocopiar o livro na xerox da escola (que vive fechada...), pode encontrá-lo lá. A impressão de cada página custa R$0,20.

Abraços.


terça-feira, 22 de julho de 2014

Canções para Carolina no Latinidades Afrolatinas


O que acontece quando o canto se curva à literatura para homenagear a presença negra, forte e feminina de Carolina Maria de Jesus? Que emoções se agigantam quando letra e biografia emprestam voz, timbre e ancestralidade à canção?
É na trilha destas questões que se alinhava o espetáculo Canções para Carolina. Protagonizado pela cantora brasiliense Cris Pereira o espetáculo alia sonoridade e sofisticação para render uma justa homenagem a escritora negra brasileira Carolina Maria de Jesus que comemora em 2014 centenário de nascimento.
No Show, Cris Pereira toma de empréstimo o solo fértil da música popular brasileira e seleciona canções produzidas entre as décadas de 1950/1960, contemporâneas às principais publicações da homenageada. Desta forma, sambas-canções, boleros e bossas imortalizadas pelas vozes de Elizeth Cardoso, Dolores Duran, Elza Soares e outras cantoras negras embalam o público e ganham releitura pela suavidade da performance de Cris Pereira.

Latinidades Afrolatinas


Boa noite pessoal!

O Festival da Mulher Afro Latino Americana começa amanhã, dia 23 de julho, e segue até o dia 28 de julho. A programação pode ser conferida aqui: http://afrolatinas.com.br/programacao/

Nos vemos por lá!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Quarto de Despejo - Carolina Maria de Jesus

Boa tarde pessoal!

O livro Quarto de Despejo, da Carolina Maria de Jesus, pode ser acessado neste link:

https://www.dropbox.com/s/kjrebrijfgqy0z3/Quarto-de-Despejo.pdf.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Gênero e sexualidade

Pessoal, olhem essa reportagem. Dialoga com o que discutimos em sala sobre gênero e sexualidade.

http://www.hypeness.com.br/2014/05/auto-retratos-de-jovens-que-se-identificam-como-sem-generos/.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Material de apoio Teorias Sociológicas da Educação

Segue o vídeo de Pierre Bourdieu: o conceito de capital cultural:
https://www.youtube.com/watch?v=Qlc6GBeCO50.

Segue também Livro Foto Biográfico de Paulo Freire:
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/video/livro_fotobiografico.pdf.

E ainda a Carta de Paulo Freire aos professores e professoras:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000200013.

Notas de aulas 2º bimestre

Pessoal, 
No segundo bimestre, as notas estão separadas por aula, levando em conta aquelas que já tivemos. 
Começa na Aula 09 e vai até a Aula 15. 
As Aulas 13 e 14 foram aquelas que trabalhamos com a apostila "Gênero e Sexualidade" de Anthony Giddens, disponível na Xerox da Escola.
Na Aula 16 trabalhamos Direito e Cidadania, no livro de Sociologia.

Enegrecer o feminismo

Esse texto dialoga com os temas de raça e gênero.
http://arquivo.geledes.org.br/em-debate/sueli-carneiro/17473-sueli-carneiro-enegrecer-o-feminismo-a-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-a-partir-de-uma-perspectiva-de-genero.

Notas de aula

Olá pessoal!
A seção "notas de aula" traz um roteiro do que trabalhamos em sala, a cada aula. Tem notas de conteúdo, uma breve descrição da metodologia que usamos e as fontes de consulta. Quem tiver interesse, pode buscar mais informações nelas.
A primeira postagem são as notas de aula do 1º bimestre.
Além disso vou colocando textos de apoio aqui, muitos dos quais usamos também em sala de aula.